quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Tocar as estrelas.

A lua me disse que não podemos tocar as estrelas, não porque somos pequenos ou apáticos; mas sim porque somos mortais e os mortais não alcançam o céu. Se o fizéssemos, seriamos detentores de todas as verdades e não nos caberia o mundo para morarmos.
Sem tocar as estrelas, sempre seremos menores e assim ficaríamos irremediavelmente ancorados as coisas tristes e belas que percorrem nossa terra; porém, o Homem em sua incapacidade de ser ele mesmo viaja além do universo, arrasta consigo seus sonhos, uma mente que nunca se baseia no que é ser Ele.
Digo e repito: todos nós deveríamos ser intrinsecamente humano; mas, para completar o paradoxo, o que fazer se é nossa cerne sermos mais que nós mesmos? Andarmos mais que nossas pernas? Viajarmos além do horizonte com a nossa capacidade infinita de pensar...
Foi assim que criamos tantas coisas, é assim que convivemos com os frutos da genialidade. Somos muito mais do que carne e osso, somos animais que saltam com a pernas do inteligível, sobrevoa o humano nas ondas do infinito finito e se apaixona com o sonhar de chegar ao céu e tocar as estrelas.

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