segunda-feira, 12 de novembro de 2007

"Kick the stick of the shack"


Boa tarde,

Hoje, andando pelas ruas do meu bairro, me deparo com uma placa com o seguinte conteúdo: Kids – Teen – Adult. Eu em total falta de atenção pensei que o “adult” era a única palavra em inglês. Logo dei por mim que o meu estrangeirismo era tão intrínseco que mal consigo distinguir a língua de algumas palavras! Mas isto não é um mal que apenas me atinge, ou alguém aqui vê anúncios publicitários com os dizeres: “Suco vitaminado para crianças”; “Revista TodaAdolescente”.... Muito pelo contrario! Seriam “Suco vitaminado KIDS”e “Revista TodaTeen”.
Eu, que trabalho com informática e em empresa multinacional, convivo com uma overdose de termos e siglas estrangeiras que estão sendo usadas cada vez mais em comunicações internas com o conteúdo, em sua maior parte, em português! As grandes pérolas são: ASAP (as soon as possible), know how, FYI (for your information), TKS (thanks) e por ai vai, sem contar o povo que “kick the stick of the shack” e pede o seu “resume” ao invés de seu currículo... e por ai vai.
Para ser bem sincero acredito que este seja um movimento corrente da globalização e este estrangeirismo ira caminhar cada vez mais para os termos em espanhol graças ao amadurecimento econômico e tecnológico da América Latina. Para quem acompanha o mercado de TI (Tecnologia da informação) e telecomunicações vem se deparando com a busca cada vez maior de profissionais que dominem a língua hispânica. Na pagina da APInfo (pagina onde são postados anúncios de oportunidades profissionais na área de TI, http://www.apinfo.com/), de cada 5 anúncios que exigem o domínio de uma língua estrangeira, 4 tem o espanhol como idioma primaria ou secundaria.O estrangeirismo não é algo ruim ou um movimento que deva ser encarado como uma praga do mundo moderno, mas também devemos tomar cuidado de não pagarmos o ridículo de usa-lo em demasia e transformar conversas em uma colcha de retalhos de termos estrangeiros que demonstram mais uma incapacidade de pensarmos por nós mesmos do que o domínio de uma outra língua.

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